sexta-feira, 12 de março de 2010

Leitor digital brasileiro chega ao mercado em junho



Empreendedores de Pernambuco desenvolveram o Mix Leitor D, um e-reader voltado ao mercado educacional, com software brasileiro que permite interatividade

Por Lilian Sobral
Kindle, iPad, Slate, Reader e mais um mundo de opções para a leitura digital chegam prometendo revolucionar o mercado. Em meio a gigantes como Sony e Apple, uma empresa pernambucana de 30 funcionários quer colocar um leitor digital brasileiro no páreo.

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A Mix Tecnologia, em parceria com a empresa Carpe Diem Edições e Produções, terminou o desenvolvimento do Mix Leitor D, um leitor digital voltado ao mercado da educação.

Tudo começou com uma conversa informal. “Em 2008, um dos diretores da Carpe Diem viajou aos EUA e, quando ele voltou, conversamos sobre o Kindle. Nesta conversa, surgiu a pergunta: será que não conseguimos fazer um brasileiro?”, diz Diego Mello, um dos diretores do projeto.

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Desde então, a ideia começou a ser estudada e desenvolvida. Em junho de 2009, as empresas lançaram o conceito do Mix Leitor D e o protótipo do produto. Agora ele é real e a companhia deve começar a vendê-lo em junho deste ano. “Ainda estamos negociando isenções fiscais. Dependendo do resultado, o aparelho pode custar entre R$ 650 e R$ 1.100”, diz Mello.

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Entre tantas opções de grandes empresas, a Mix Tecnologia pretende diferenciar seu produto pelo público-alvo. O foco é o mercado educacional. Para isto, a empresa desenvolveu um software batizado de Inter Quiz (IQ), que permite interatividade com os livros que estiverem sendo lidos. “Se um aluno está lendo um texto sobre descobrimento do Brasil, por exemplo. Na tela, ficará presente o ícone ‘IQ’. O usuário pode clicar ali a qualquer momento e logo aparecerá uma tela com questões sobre descobrimento do Brasil”, afirma. para responder, basta usar o teclado do gadget. Ao final, aparece um percentual de erros e acertos e comentários sobre a matéria em questão.

Para distribuir o produto, a empresa estuda a parceria com colégios privados e universidades. O varejo convencional também deve ser um importante canal, principalmente por meio de parceria com livrarias.

O usuário do Mix Leitor D pode baixar conteúdo de qualquer biblioteca digital ou livros de domínio público. Para isto, o equipamento também tem WI-FI e conexão 3G. A Mix Tecnologia também quer ter sua própria loja virtual, mas o plano ainda dependente de parceria com outras empresas.

Os aparelhos de leitura digital e a transformação da indústria editorial são assunto da revista Época NEGÓCIOS de março, que chega às bancas nesta quarta-feira (10/03).

Fonte: ÉpocaNegócios

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